Amor e Magia - Eliphas Levy
"Pode verdadeiramente vencer a voluptuosidade do amor, somente quem venceu o amor da voluptuosidade.
Poder usar e abster-se, é poder duas vezes.
O amor vos prende pelos vossos desejos: sede senhor dos vossos desejos e prendereis o amor. (...).
Dispõe do amor dos outros quem é senhor do seu.
Quereis possuir, não vos deis. (...)
Quando a atmosfera magnética de duas pessoas é de tal modo equilibrada que o atrativo de uma aspira a expansão da outra, produz-se uma atração que se chama simpatia; então, a imaginação (...) se faz um poema de desejos que arrastam a vontade e produz [nas pessoas envolvidas] um embebedamento completo de luz astral, que se chama de paixão propriamente dita ou amor. (...)
O amor é um dos grandes instrumentos do poder mágico; mas é formalmente interdito ao mago, ao menos como embebedamento ou como paixão. (...)
O amor sexual é sempre uma ilusão, porque é o resultado de uma miragem (...)
A luz astral é o sedutor universal, figurado pela serpente do Gênese. Para apoderar-se dela, [da serpente, do amor] é preciso, como a mulher predestinada, por o pé sobre sua cabeça. (...)
A luz astral dirige os instintos animais e dá combate à inteligência ... (...)
A antipatia outra coisa não é senão o pressentimento de um enfeitiçamento possível, enfeitiçamento que pode ser de amor ou de ódio, porque se vê, muitas vezes, o amor suceder à antipatia. (...)
As paixões humanas produzem fatalmente, quando não são dirigidas, os efeitos contrários ao desejo desenfreado. O amor excessivo produz a antipatia... "
* [LEVI, Eliphas. Dogma e ritual da alta magia – p 76, 117, 119, 120, 180 – São Paulo: Ed Pensamento, 1993]
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